Mesmo com o dólar alto e com o preço das passagens elevado, a recuperação da demanda por voos internacionais no Brasil ganhou tração em 2022. Apesar de ter começado o ano com 48,2% do verificado antes da pandemia, chegou a 77,8% em outubro, dado mais recente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No mesmo período, o setor doméstico, que se recuperou mais rapidamente, passou de 84,4% para 91,8%.
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, porém, a demanda internacional ficou em 66,3%. Especialistas dizem que a recuperação total do segmento deve ocorrer só em 2024, enquanto a do doméstico poderá ser vista neste ano.
Para o consultor André Castellini, sócio da Bain & Company e especialista no setor aéreo, uma demanda internacional no mesmo patamar de 2019 só deve ser registrada no fim de 2024. Isso, porém, ainda dependerá do comportamento do dólar e da economia nos próximos dois anos, diz ele.
Para o diretor no Brasil da Associação Internacional de Transporte Aéreo, Dany Oliveira, o preço das passagens e o dólar não são os principais entraves para o segmento internacional se recuperar.
JBr
11:15:03