O que é Constelação Sistêmica?
Abrange diversas áreas da vida humana: familiar, organizacional, pedagógica e jurídica. É uma intervenção terapêutica que pode ser realizada individualmente ou em grupo e parte do princípio de que muitos sofrimentos humanos têm sua origem na história da família, assim como na história de cada sistema, seja ele familiar ou não.
Dessa maneira, o sofrimento está sempre no presente, porém, conectado a algo que veio do passado. Por estarmos todos conectados (conscientemente ou inconscientemente), *a Constelação possibilita o acesso àquilo que está oculto e que não é compreendido, nem percebido* pelos membros do sistema, mas continua atuando e causando sofrimento.
Assim podemos transformar o sofrimento em leveza e felicidade.
Hoje irei falar de um dos tema mais procurados para constelar.
“Os relacionamentos afetivos pela visão da constelação”.
A queixa mais comum da maioria das pessoas, que busca essa terapia, é querer entender porquê seus relacionamentos não duram muito tempo, ou ainda, seus relacionamentos sempre são problemáticos, ou sempre são abandonadas. Isso faz com que a pessoa se sinta infeliz na área dos relacionamentos.
Durante a constelação, a pessoa monta uma imagem representando suas questões e conflitos através da representação feita pelos bonecos. É a partir da representação e dos movimentos, que o constelador identifica o que está por trás do conflito, e para isso, é preciso que a pessoa esteja preparada.
Durante a sessão, a constelação mostra que podem existir barreiras invisíveis e inconscientes aos nossos olhos e que bloqueiam a felicidade nos relacionamentos.
Como a Constelação pode ajudar desbloquear ou destravar o campo dos relacionamentos nas nossas vidas?
Bert Hellinger, ex padre católico, psicoterapeuta e o criador das constelações, descobriu durante sua passagem missionária pela África do Sul, onde conviveu durante um bom período com a tribo Africana Zulu, e pelas suas pesquisas e estudos, que nós seres humanos somos rígidos por três leis, e essas leis atuam no nosso sistema familiar, nós acreditando ou não. Logo mais tarde, ele deu o nome a essas leis de Ordens do Amor.
A primeira lei diz que todos tem o direito de pertencer, a segunda lei é a Hierarquia, quem vem primeiro é grande e tem que ser visto e respeitado como tal, e a terceira lei é o equilíbrio de troca nos relacionamentos. Quando uma dessas leis não são respeitadas no nosso sistema familiar criam-se “emaranhados”, dificuldades em nossa vida, fazendo com que o sistema sofra um desequilíbrio.
Existe um campo de energia no nosso sistema, e a física quântica já provou isso. Tudo é energia, as matérias são condensadas de energia.
Há um fluxo de vida que segue de muito longe, por muitas gerações, e que se repete sempre na mesma dinâmica: aqueles que são pais e aqueles que se tornam seus filhos. Nossas relações amorosas estão ligadas com a primeira e principal relação, nossa mãe, e a partir desse ponto analisamos a relação atual com os pais.
Bert Hellinger fala do amor inocente, que é quando uma pessoa carrega inconscientemente falsas crenças nas quais ela acredita que vem se repetindo através das gerações. Muitas vezes também a pessoa acaba repetindo padrões de infelicidade e de não permissão para se sentir realizada nos relacionamentos, isso tudo acontece de maneira inconsciente e para se sentir pertencente ao seu sistema familiar. “Se a minha mãe ou avó não foi feliz no relacionamento eu não posso ser”.
Dentro da sessão, quando algo é revelado e a pessoa toma consciência, aí nesse instante, há uma grande chance de se resolver a questão trazida pelo indivíduo, mas isso irá depender muito do cliente, se ele é resistente ou não.
Cada caso é um caso, e analiso tudo com muita cautela, não existe uma regra na constelação, cada pessoa carrega o seu contexto familiar, as suas dores, e as suas alegrias.
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Vanessa Moreira Terapeuta
Formada em Constelação Familiar.
Coach pelo Instituto Holos e Faculdade Facon.
Hipnoterapeuta com certificação nível internacional.