A vacina contra o rotavírus, que protege contra vírus que causa infecção grave em crianças, pode ter um benefício adicional: reduzir o risco de diabetes tipo 1. Isso é o que constatou um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Nature.
Os pesquisadores analisaram 1,4 milhões de bebês nascidos nos Estados Unidos entre 2001 e 2017 a partir de dados de uma seguradora de saúde. Observou-se uma redução de 37% do risco de diabetes tipo 1 em crianças que receberam a pentavalente em comparação com as que não receberam.
Houve ainda uma redução de 31% nas hospitalizações no período de 60 dias após a vacinação em comparação a crianças não vacinadas. Percebeu-se também a redução de 4% na incidência anual da diabetes tipo 1 em crianças de 0 a 4 anos nos Estados Unidos de 2006 a 2017, que coincide com a introdução da vacina em 2006. Assim, concluiu-se que a vacinação contra o rotavírus está associada a uma incidência reduzida de diabetes tipo 1.
O estudo ressalta que a predisposição genética desempenha um papel importante na diabetes tipo 1, principalmente naqueles com haplótipos HLA-DR3-DQ2 ou HLA-DR4-DQ8, um trecho do genoma. Mas fatores ambientais são suspeitos de serem desencadeadores de autoimunidade de células beta, células endócrinas responsáveis por sintetizar e secretar o hormônio insulina, que regula os níveis de glicose no sangue.
Há dois tipos de vacina contra o rotavírus nos Estados Unidos: a vacina pentavalente RotaTeq, introduzida em 2006 e administrada em 3 doses aos 2, 4 e 6 meses, e Rotarix, introduzido em 2008 e administrado em 2 doses aos 2, 4 e 7 meses.
R7
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