O Comitê da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura, que se reuniu em Bogotá, na Colômbia, nesta quarta-feira (11), declarou a transumância, deslocamento sazonal de rebanhos, como Patrimônio Cultural Intangível da Unesco. A prática tradicional da transumância representa a migração sazonal de rebanhos, manadas e pastores que, juntamente com seus cães e seus cavalos, se movem em diferentes zonas climáticas, percorrendo os caminhos seminaturais das trilhas das ovelhas. A jornada dura dias e as paradas são feitas em locais pré-estabelecidos. A decisão foi aprovada por unanimidade pelos 24 Estados-membros do Comitê Intergovernamental. Além da honraria, a Itália também adquire o primeiro lugar das matrículas nos setores rural e agroalimentar, superando a Turquia e a Bélgica. O parecer favorável foi comemorado pelos ministros de Política Agrícola, Teresa Bellanova, e Meio Ambiente, Sergio Costa. O reconhecimento diz respeito a toda a Itália, dos Alpes a Tavoliere. Na lista das comunidades emblemáticas indicadas no dossiê como locais simbólicos da transumância estão os municípios de Amatrice (Rieti); Frosolone ( Isérnia); Pescocostanzo e Anversa degli Abruzzi, na província de L’Aquila; Lacedonia, na Campânia; San Marco in Lamis e Volturara Appula, na província de Foggia; além dos territórios da Lombardia, Senales, em Trentino Alto-Adige, e Basilicata.
De acordo com o documento de candidatura apresentado pela Itália, juntamente com a Grécia e a Áustria, os pastores transumanos têm um conhecimento profundo do meio ambiente, do equilíbrio ecológico entre o homem e a natureza e das mudanças climáticas, o que é, de fato, um dos métodos agrícolas mais sustentáveis e eficientes. Atualmente, a prática é realizada principalmente entre Molise, Abruzzo e Puglia; Lazio, Campania e ao norte entre Itália e Áustria no Alto Ádige, na Lombardia, Vale de Aosta, Sardenha e Vêneto. A Itália é o país com maior número de Patrimônios da Humanidade da Unesco no planeta. Os locais variam entre bens culturais e naturais. (ANSA)
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