“Éramos casados há 29 anos. Estávamos comemorando porque completaríamos 30 anos no dia 8 de junho. Era uma viagem de comemoração. Queríamos ir para um lugar especial. Estava tudo perfeito”.
O relato é de Elizabeth Verneque Cordeiro Silva, de 45 anos, esposa do diretor de escola de Ribeirão Branco (SP) que morreu após mergulhar usando uma prancha puxada por um barco, em Fernando de Noronha (PE). O acidente aconteceu na região do Porto de Santo Antônio, na tarde da quinta-feira (21).
Ao G1, ela afirmou que estava apenas o casal na viagem e que não era a primeira vez que os dois tinham ido até Noronha.
“Fomos há uns cinco ou seis anos e gostamos muito. Só que quando você vai pela primeira vez não tem a oportunidade de conhecer muita coisa e, por isso, voltamos. Gostávamos muito de caminhar, fazer trilhas, de aventura. Éramos aventureiros. E dessa vez ele planejou para fazermos tudo que queríamos”, explica.
Elizabeth conta que os dois já tinham feito o mergulho “plana sub” na primeira vez que estiveram na ilha. A diferença, segundo ela, é que da primeira vez o passeio foi puxado por uma lancha e seria individual.
“Desta vez foi um catamarã e eram sete pessoas puxadas pela corda. Fomos de boa. Já sabíamos como que era. Inclusive esse passeio de barco já tinha sido marcado desde casa. Antes de chegarmos tinha agendado. Ele queria muito fazer esse passeio. Perdemos o agendamento da terça porque estávamos numa trilha, mas assim que voltamos para a pousada, ele remarcou para quinta.”
A esposa conta ainda que não ficou ao lado do marido durante o passeio e, aparentemente, tudo tinha corrido bem. Contudo, quando subiu no barco, achou que José Edvaldo já estava lá. Isso porque, como ela tinha dificuldades e usava um colete, demorou um pouco mais para sair da água.
Orgulhosa de ter conseguido completar o passeio, tentou procurar o marido no barco para compartilhar a experiência, mas não o encontrou.
“Um moço falou pra mim que achava que ele poderia estar no banheiro. Fiquei nervosa na hora, em pânico. Quando vi a porta do banheiro fechada, fiquei aliviada. Mas bateram e tiveram que arrombar. Ele não estava lá. Me ajoelhei no barco e fiz uma oração.”
G1
17:00:02