Todos os 20 casos de varíola de macacos confirmados na Itália até o momento são de homens.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital de Roma que é a maior referência no combate a doenças infecciosas no país.
Segundo um artigo publicado por pesquisadores do instituto na última edição da “Eurosurveillance”, revista científica do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC), é “plausível” que a transmissão do vírus ocorra por contato direto durante relações sexuais.
O Spallanzani também descreve o primeiro sequenciamento genético do patógeno feito na Itália, mostrando que o vírus pertence ao clado (grupo de organismos com ancestral comum) da África Ocidental, assim como outros identificados na Europa nas últimas semanas.
A varíola de macacos pode ser transmitida por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola humana – que está erradicada no mundo desde 1980 -, como febre, dores musculares e o surgimento de bolhas na pele, embora de forma mais leve.
O nome “varíola de macacos” se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno. O primeiro caso em humanos data de 1970, na República Democrática do Congo, durante os esforços para a erradicação da varíola. (ANSA).
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