O Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos do Tesouro Nacional, reduziu os custos para o investidor que possui o papel mais conservador do programa, o Tesouro Selic. O “spread”, nome dado para a diferença entre o preço de compra e venda do papel, caiu de 0,04% para 0,01%. Com isso, o produto passa a ser mais vantajoso do que a caderneta de poupança em quase todos os prazos, a não ser em raras exceções.
A afirmação pode soar estranha até para quem acompanha o mundo dos investimentos. A rentabilidade do Tesouro Selic é a própria taxa básica de juros da economia, que está no patamar de 6,5% ao ano. Já a da poupança, hoje, é de 70% da Selic acrescida da Taxa Referencial (TR), atualmente nula.
O investidor atento pode se perguntar como um produto que possui 70% da rentabilidade de outro poderia ser mais vantajoso. A diferença entre os rendimentos ocorre porque o Tesouro Selic possui alguns custos que não existem na poupança.
O título público é tributado pela tabela regressiva do Imposto de Renda (IR). Isso significa que, nos primeiros seis meses, os lucros são taxados pela alíquota de 22,5%. Além disso, a B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, cobra taxa de custódia de 0,25% ao ano sobre o patrimônio investido e ainda há o spread, que foi reduzido na última semana.
IstoÉ
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