Ryan Wesley Routh, o homem preso por uma suposta tentativa de assassinato contra o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, é defensor da causa ucraniana e chegou a dizer que estava disposto a morrer na guerra contra a Rússia.
“Estou determinado a voar a Cracóvia [na Polônia] e depois ir até a fronteira com a Ucrânia como voluntário para combater e morrer. Posso servir de exemplo”, escreveu o suspeito em sua conta no X em março de 2022, pouco após o início da invasão russa.
Em uma entrevista à AFP em Kiev em abril de 2022, Routh declarou que o presidente Vladimir Putin era um “terrorista que deveria ser eliminado”.
Em declaração à CNN, Oleksandr Shaguri, oficial da legião estrangeira na Ucrânia, revelou que Routh havia entrado em contato “várias vezes”, mas nunca fez parte da unidade militar que reúne voluntários do exterior.
“O melhor modo para descrever suas mensagens é ‘ideias delirantes’”, acrescentou. Por sua vez, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou a “violência política” e comemorou o fato de “Trump estar são e salvo”.
“É positivo que o suspeito tenha sido preso. A violência política não tem lugar em nenhuma parte do mundo”, salientou.
Já Oran Routh, filho de Ryan, disse que ele é um “homem honesto e um grande trabalhador”. O suspeito já tinha antecedentes penais por posse de drogas e por dirigir sem habilitação e fez doações para candidatos do Partido Democrata.
Nascido na Carolina do Norte, Routh se mudou para o Havaí em 2018 e abriu uma empresa de construção de galpões.
A suposta tentativa de assassinato ocorreu no último domingo (15), quando Trump jogava golfe em seu clube em West Palm Beach, na Flórida. Em determinado momento, um agente do Serviço Secreto viu o suposto cano de um fuzil escondido e abriu fogo, levando o homem a fugir.
O suspeito acabaria sendo encontrado pouco depois, desarmado e aparentemente calmo. Ansa