De 2018 para cá, cinco empresas escolheram as bolsas de Nova York e Nasdaq para lançar suas ações em detrimento da B3, bolsa de valores de São Paulo. Juntas, elas captaram US$ 6,2 bilhões (R$ 25 bilhões, considerado o dólar a R$ 4,05), valor quase 50% superior às ofertas feitas por oito companhias na bolsa brasileira no período.
O movimento, que começa a incomodar o mercado interno, tem potencial para crescer nos próximos anos, sobretudo entre as empresas de alto crescimento, como as unicórnios (startups que superam US$ 1 bilhão em valor de mercado).
O sucesso do IPO (sigla em inglês para oferta pública de ações) da XP Inc no início de dezembro, que captou US$ 2,25 bilhões na Nasdaq, deve incentivar outras companhias a desembarcar no mercado americano.
A rede de hamburgueria Madero, por exemplo, já anunciou que pretende fazer sua oferta de ações na Bolsa de Nova York, em 2020; a Cogna, holding que reúne Kroton e outros negócios na área educacional, também sinalizou para abertura de capital de sua subsidiária Vasta Educação nos Estados Unidos, seguindo o mesmo caminho trilhado pelas empresas de meio de pagamentos PagSeguro e Stone, e as companhias de ensino Arco Educação e Afya.
Estadão Conteúdo
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