Representantes de sindicatos, entre os quais o Sindicato dos Aposentados do Brasil, reuniram-se nesta quarta-feira (21) na Câmara, em Brasília, para pedir mudanças na Previdência que aumentem a renda dos aposentados.
A mobilização foi organizada pela Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas e Idosos (Cobap), Sinab (Sindicato dos Aposentados do Brasil), Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados), Sintapi-CUT, Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), com apoio da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Aposentados e Pensionistas.
O representante do Sindicato dos Aposentados do Brasil, José Avelino Pereira, o Chinelo, ressalta a importância da união dos sindicatos na reunião. Ele defende o estabelecimento de uma data-base única para os aposentados.
“É importante essa unidade para que possamos começar a convencer os deputados da importância [do tema]. Inclusive, se tiver a reforma, que possamos colocar um ponto de equilíbrio no reajuste das aposentadorias porque hoje a base das aposentadorias no Brasil está em cima do salário mínimo, e aí não se compra remédio”, reclamou.
É o que defende o senador Paulo Paim (PT-RS) no Projeto de Lei 4434/08, que tramita na Câmara. Para ele, a contribuição para manter a Previdência deve ser feita sobre o faturamento da empresa, e não sobre a folha de pagamentos.
Segundo o coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Aposentados e Pensionistas, deputado Cleber Verde (MDB-MA), a proposta recupera as perdas dos aposentados ao longo dos anos ao modificar o índice de correção previdenciária. Essa proposição defende a adoção de índice próprio em vez de usar o salário mínimo como indexador.
“Ao longo dos anos passados, houve um acumulo de prejuízos a aposentados, que não têm tido a correção da aposentadoria e pensão baseada no processo inflacionário. Ou seja: o pão, o açúcar, a manteiga, o óleo, a cesta básica aumentam os valores, o remédio tem inflação acima das expectativas da correção das aposentadorias e, com isso, quem ganha um salário mínimo vai ter cada vez mais diminuído o poder de compra”, apontou. (Com Agência Câmara)