O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, afirmou nesta terça-feira (17) que o Brasil já passa por um processo de reindustrialização. A fala foi feita durante um encontro com parlamentares e empresários promovido pelo deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP).
Na avaliação de Costa, o crescimento de 1% da participação da indústria no PIB (Produto Interno Bruto) configura-se uma “tendência” e não um “evento extraordinário”. Ele também afirmou que as medidas que foram tomadas neste primeiro ano de governo Bolsonaro em busca do equilíbrio fiscal fizeram com que a economia ficasse mais previsível.
O secretário indica que as medidas continuarão a ser implementadas de modo a reduzir o tamanho do Estado, tornando-o mais leve e mais eficiente. “Isso vai viabilizar a redução da carga tributária que tem penalizado de maneira desproporcional a indústria”, avaliou.
As outras autoridades presentes afirmaram ao secretário que o Custo Brasil precisa ser atacado para garantir um ambiente de negócios mais favorável a fim de que a abertura comercial não seja arrasadora para o setor produtivo brasileiro.
Idealizador do encontro, Marcos Pereira destacou que o Brasil possui um grande potencial produtivo, porém oferece um ambiente de negócios hostil a quem empreende ou deseja empreender. Ele lembrou do seu trabalho como ministro na busca pela desburocratização.
Pereira, que também é vice-presidente da Câmara dos Deputados, ainda cobrou um diálogo propositivo entre os poderes Executivo e Legislativo e o setor produtivo. “Se o governo não atrapalhar, já ajuda”, destacou.
Todos os representantes de associações se manifestaram favoravelmente à abertura comercial, que pressupõe a redução de barreiras internas e maior inserção do Brasil no mercado internacional. O grupo, no entanto, foi unânime quanto ao planejamento, à transparência e a clareza das ações que serão tomadas a fim de garantir previsibilidade ao setor produtivo brasileiro.
O deputado Newton Cardoso apontou que o Custo Brasil “está na casa do trilhão de reais” e equivale a 22% do PIB. Ele reclamou que o país basicamente exporta comodities e que não tem conseguido agregar valor ao produto extrativista. “Precisamos criar condições para reverter essa situação e seguir exemplos de outros países”, afirmou.
R7
17:00:03