Somos daqueles que apreciamos cuidar do jardim, cultivar flores e plantas?
Nem todas as pessoas gostam dessa tarefa. E raros somos os que nos dedicamos a algum tipo de cultura com conhecimento de causa.
Excepcional é o caso de um fazendeiro americano que ganhou o prêmio milho-crescido. Ele entendia muito bem da arte de cultivar, no seu mais amplo sentido.
Todo ano ele entrava com seu milho na feira e ganhava uma fita azul.
Certa vez, um repórter o entrevistou e aprendeu algo interessante sobre a técnica de cultivar milho.
Logo nas primeiras respostas, descobriu que o fazendeiro compartilhava as suas sementes com os vizinhos.
Intrigado, o repórter perguntou:
Como pode se dispor a compartilhar sua melhor semente de milho com seus vizinhos, uma vez que eles estão competindo com você todo ano?
Por uma razão muito simples, disse o fazendeiro.
É que o pólen do milho maduro é levado através do vento de campo para campo. Se meus vizinhos cultivam milho inferior, a polinização continuada degradará a qualidade do meu milho.
Assim, se eu desejo cultivar milho de boa qualidade, tenho que ajudar meus vizinhos a cultivar milho bom.
Aquele fazendeiro estava atento às conectividades e interdependências da vida.
O milho dele não seria de boa qualidade, a menos que o milho do vizinho também fosse.
Isso pode ser entendido, de igual forma, em outras situações da vida.
Se escolhemos estar em paz devemos procurar que nossos vizinhos igualmente estejam em paz.
Se desejamos viver bem compete-nos ajudar aos outros a que igualmente vivam bem.
Se queremos ser felizes, é imprescindível que auxiliemos aos outros a buscar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.
Quando descobrirmos a arte de cultivar, saberemos que quanto mais as coisas boas se espalharem mais elas nos beneficiarão.
Se o nosso colega de trabalho estiver se sentindo bem, nós sentiremos as suas vibrações de paz, e a recíproca é verdadeira.
Se nosso amigo estiver satisfeito e feliz, sua felicidade acabará nos alcançando e compartilharemos da sua satisfação.
Se a sociedade em que vivemos gozar de perfeita harmonia, com certeza seremos contagiados por essa harmonia que a todos envolve.
Assim, se ainda não temos o hábito do cultivo compartilhado, façamos essa experiência e veremos que os resultados serão sempre favoráveis.
* * *
Se gostamos de semear flores, dividamos as boas sementes com os nossos vizinhos, pois assim nosso jardim ficará sempre exuberante.
Se desejamos colher frutos apetitosos, distribuamos sementes de boa qualidade com o maior número possível de pessoas. Assim, teremos a garantia de continuadas safras excelentes.
Além disso, caso a nossa colheita venha a sofrer algum tipo de prejuízo, teremos a garantia de que algum dos nossos vizinhos nos poderá socorrer na crise.
Trata-se, exatamente, de um dar e receber, testificando que sempre que se espalha algo de bom, cedo ou logo mais, esse bom nos retorna.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em história
do livro How to talk well, de James Bender, tradução
de Sérgio Barros.
Em 10.7.2019.
09:30:02