Uma pesquisa conduzida por cientistas brasileiros revelou a verdadeira classe de um fóssil de 225 milhões de anos descoberto em 2010, no Rio Grande do Sul. De acordo com o estudo, o vestígio pertence a uma nova espécie de réptil no Brasil.
Ao contrário do que os pesquisadores acreditavam, o material encontrado há mais de dez anos não pertence à ordem dos Faxinalipterus minimus, uma espécie de pteurossauro, categoria de vertebrados parentes dos dinossauros e que tinha a habilidade de voar.
Segundo o resultado da pesquisa, que foi publicada na terça-feira, 3, pela revista científica Peerj, o fóssil do animal aponta para uma nova espécie, nunca identificada e agora nomeada de Maehary bonapartei, uma homenagem ao arqueólogo argentino José Fernando Bonabarte, falecido em 2020.
Junto com um grupo de cientistas brasileiros, o pesquisador atribuiu a espécie aos Faxinalipterus minimus, dois exemplares coletados anteriormente, em 2002 e 2005. Na época, a equipe acreditava que os fósseis se tratavam de um réptil alado.
Diversas instituições contribuíram para o estudo, como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Universidade Regional do Cariri, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) , a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE/UFRJ).
“A descoberta feita agora é importante porque mexe com as ideias que se têm com relação à evolução do voo dos répteis”, afirmou Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional (MN), da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), que também participou da pesquisa.
Oeste
10:20:03