
AÇÃO CONTRA O CRIME CIBERNÉTICO
(Agência Moré) A Polícia Civil do Estado de São Paulo deflagrou na manhã de ontem, 15, a Operação da Polícia Judiciária Cyber Provider, no enfrentamento à criminalidade cibernética, com milhares de vítimas no país, com maior evidência no Estado de São Paulo.
A organização criminosa investigada pela operação foi responsável por crimes cibernéticos lesionando ao menos 500 vítimas no golpe denominado de “pagamento antecipado” em anúncios em provedores de aplicação de comércio eletrônico.
O grupo criminoso age desde 2010 com uso de falsos sites e promoção de anúncios nestas páginas “fakes” de comércio eletrônico. Por meio de engenharia social, deepfake, o grupo cria contas correntes em bancos digitais e em provedores de aplicação para facilitar os golpes virtuais.
O nome da Operação – “Cyber Provider” – é uma alusão à utilização de provedores de aplicação de comércio eletrônico. Na prática, os criminosos combinam acesso privilegiado a bancos de dados de sistemas de análise de crédito, com engenharia social e, se passam por vendedores enganando as vítimas que utilizam as plataformas em busca de promoções.

Na sequência os recursos são transferidos dezenas de vezes por meio de PIX, utilizando contas falsas de bancos digitais, técnica de lavagem de dinheiro para afastamento e branqueamento dos valores.
Conforme o delegado Everson Contelli, que está à frente da Cyber Provider, na operação de hoje a Polícia Civil identificou e prendeu o líder do grupo, conhecido como “Rei do Pagamento Antecipado” em ambientes virtuais, J.R.S.C. catarinense de 51 anos de idade, e ex-funcionário de uma empresa de análise de crédito e de fornecimentos de serviços financeiros terceirizados. Ele é o idealizador do sistema em 2010. O homem confessou os crimes e reafirmou que o grupo pratica em média 60 crimes cibernéticos por mês.
A Polícia Civil de São Paulo cumpriu 7 mandados judiciais de busca e apreensão no Estado de São Paulo (capital, grande São Paulo – Diadema e São Bernardo do Campo), com o objetivo de chegar a três pessoas envolvidas nos crimes. Na operação participaram policiais civis do DEINTER 8, UIP8, DOPE, Delegacia Seccional de Presidente Venceslau, Deic 8 e de Ribeirão dos Índios, local de instauração do Inquérito Policial principal. Participaram da operação 55 policiais civis paulista, em 15 viaturas. (matéria com áudio de todo texto)
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