AFP
Pelo menos 68 detentos morreram em um novo banho de sangue na penitenciária de Guayaquil, sudoeste do Equador, tomada por gangues do narcotráfico que já haviam protagonizado um dos maiores massacres carcerários da história da América Latina, com mais de 100 mortos.
Por várias horas, os detentos entraram em conflito, usando armas e explosivos, apesar do estado de emergência que foi decretado sobre o sistema carcerário do país.
Os novos embates começaram na noite de sexta-feira (12), quando um dos grupos invadiu um pavilhão para assassinar com “selvageria” os integrantes da gangue rival, descreveu Pablo Arosemena, governador da província de Guayas, que tem Guayaquil como capital.
Neste sábado (13), a comandante da polícia equatoriana, general Tannya Varela, informou em coletiva de imprensa sobre o trágico desenlace das disputas que afundaram o país em um caos carcerário sem precedentes.
Em um primeiro momento, informou-se que “58 privados de liberdade perderam suas vidas”. No entanto, o Ministério Público elevou posteriormente, através de um tweet, o número de vítimas mortais para 68. Também informou que havia 25 feridos.
Em uma transmissão ao vivo no Facebook, um preso clamou por ajuda. “Há muitos feridos e mortos na parte de baixo, não sabemos quantos”, afirmou o detento, antes de alertar que os agressores estavam atravessando os muros por “buracos” abertos com explosivos.
Na manhã deste sábado, policiais foram flagrados por um fotógrafo da AFP retirando um corpo de cima dos muros do presídio. Em uma das imagens feitas pelo profissional, é possível ver o cadáver de um homem com um uniforme laranja na parte alta da penitenciária.
– ‘São seres humanos’ –
A rebelião tomou o controle da penitenciária de Guayas 1, em Guayaquil, onde 119 detentos morreram em outro massacre em setembro, alguns deles decapitados e queimados.
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