Rebeldes da HTS (Organização pela Libertação do Levante – em tradução) lançaram uma ofensiva contra as forças do ditador Bashar al-Assad e conquistaram Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, no sábado, 30, e Hama, capital do estado homônimo, nesta quinta-feira, 5. Os ataques do grupo insurgente reacenderam um conflito relativamente estático na Guerra Civil Síria.
Nesta sexta-feira, 6, os insurgentes da HTS se aproximavam da cidade de Homs, a terceira mais populosa da Síria, a quase 150 quilômetros da capital, Damasco. Milhares de pessoas abandonaram a área com a chegada das forças rebeldes.
Ainda nesta sexta-feira, as forças de Assad deixaram a cidade de Deir ez-Zor, no leste do país, após ataques das forças de Rojava, o Curdistão Sírio. Os embates dessa semana representam um revés para o regime de Bashar al-Assad. Os confrontos são os primeiros desta magnitude desde 2020.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, desde 27 de novembro, as hostilidades deixaram pelo menos 826 mortos, incluindo 111 civis.
A HTS, sigla que indica Hayat Tahrir al-Sham, é um grupo islamista classificado como “terrorista” pelos EUA em 2018, tendo sido afiliado à Al Qaeda. Apesar disso, nos últimos anos, Abu Mohammed al-Golani, líder da organização, tentou refazer a imagem do grupo se afastando dos linhas-duras e prometendo abraçar o pluralismo e a tolerância religiosa.
Atualmente, a organização controla Aleppo e Hama, além da região de Idlib, que conta com quatro milhões de habitantes, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Em combates com o governo de Assad, os insurgentes também aparentam estar em uma tentativa de retomar as áreas controladas pelos curdos de Rojava. IE