As autoridades da República Democrática do Congo introduzirão em meados de outubro uma segunda vacina contra o ebola, que já matou mais de 2.000 pessoas no país africano.
O anúncio desta segunda-feira da Organização Mundial da Saúde (OMS) coincide com as críticas da Médicos Sem Fronteiras (MSF) à organização internacional, que segundo a ONG estaria “racionando” a primeira vacina disponível contra a doença.
“As autoridades de saúde da República Democrática do Congo (RDC) anunciaram a intenção de introduzir uma segunda vacina experimental contra o ebola, produzida pela Johnson & Johnson, a partir de meados de outubro”, informou a OMS em um comunicado.
A agência especializada da ONU indicou que a vacina será administrada a moradores em regiões onde não há transmissão ativa do vírus do ebola.
O ex-ministro da Saúde congolês Oly Ilunga pediu demissão em 22 de julho e denunciou tentativas de introduzir uma segunda vacina “por personagens que demonstraram uma clara falta de ética”.
Ilunga foi acusado de desvio dos fundos destinados à luta contra o ebola e colocado em prisão domiciliar em Kinshasa.
Mais de 223.000 pessoas receberam a vacina durante a atual epidemia. O medicamento continuará sendo administrado em todas as pessoas com risco elevado de infecção de ebola, incluindo aquelas que tiveram contato com uma pessoa que teve a infecção confirmada.
Os contatos de contatos de pessoas infectadas com o vírus também são vacinados, de acordo com o princípio conhecido como “vacinação em anel”, explicou a OMS.
AFP
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