A Polícia Civil vai enviar para perícia, nesta segunda-feira (29), o equipamento de paramotor usado por Sandro Antonio Schons, que morreu ao cair de uma altura de 10 metros quando sobrevoava a praia do Calhau, em São Luís, no dia 14 de agosto.
Essa é mais uma etapa da investigação, que busca confirmar o que teria causado a queda do piloto, que tinha 52 anos, e era experiente na prática do aeromodelismo.
Até agora, foram ouvidas a esposa de Sandro e um bombeiro que ajudou a socorrer o piloto, assim que ele caiu. No entanto, um outro depoimento ainda será colhido e é considerado crucial para as investigações: Um garçom que foi um dos primeiros a prestar socorro.
De acordo com o delegado Eduardo Jansen, extraoficialmente já existe a informação de que linhas de pipa foram encontradas junto com o parapente usado por Sandro, o que reforça a tese de que uma linha com cerol teria cortado parte do equipamento e causado a queda.
Essa versão do acidente é a mesma de Leônidas Oliveira, um instrutor de aeromodelismo que testemunhou a queda de Sandro. Ao g1 Maranhão, ele já havia informado que somente algo altamente cortante poderia ter danificado o parapente.
“Sem sombra de dúvidas e sem achismo. Ele [Sandro] voava com equipamento novo. A asa dele eu acho que tem quatro a cinco meses de comprada. Então não deve ter quebrado. Esse material eu nunca vi quebrar. É um material desenvolvido pela Nasa, o kevlar, usado até em colete balístico. Então é um negócio bem seguro para quebrar assim. E quando eu fui lá prestar os primeiros socorros, pude observar um conjunto de linhas [da asa] cortado mesmo, um tirante de linhas , do lado direito”, afirmou.
No entanto, essas informações ainda precisam ser confirmadas pelo Instituto de Criminalística, que somente nesta segunda (29) terá acesso ao equipamento, segundo o delegado. Com as informações técnicas, a Polícia Civil pretende buscar possíveis responsáveis.
G1
11:40:03