O superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Marcelo Billi, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Cássia Godoy no Jornal da CBN, traz detalhes de uma pesquisa que mostra que quatro milhões consideram a aposta um tipo de investimento. Ele destaca que a saída para esse problema é a conscientização e educação financeira:
“Às vezes as linguagens da bet induzem a pessoa a pensar nisso, né? Mas é um jogo que probabilisticamente está construído para as pessoas perderem, né? Não é possível você imaginar que você vai ter um retorno de longo prazo, que você pode analisar aquelas probabilidades e conseguir colocar aquilo na sua carteira. Não é a maior parte das pessoas que fazem isso, mas ainda assim a gente está falando de um número de 4 milhões de pessoas, que é mais gente do que investe em várias alternativas mais sofisticadas de investimento que poderia dar retorno para elas”.
Marcelo Billi destaca que fazer disso a parte da estratégia para construir sonhos é um problema e só com muita conscientização será possível mitigar um pouco esse cenário. Ele ressalta que a caderneta de poupança é a tendência dos investidores que não investem em bets:
“A caderneta continua no pole position, ali está na frente, né? A boa notícia é que a caderneta vem perdendo espaço. Não é uma boa notícia porque a caderneta está caindo, né? Mas as pessoas estão entendendo mais de finanças e de investimento e estão migrando da caderneta para outros tipos de investimento, né? Então, depois da caderneta, o grande interesse dos brasileiros são fundos de investimento, títulos privados, e títulos privados a gente está falando de CDB, das letras, de todos esses títulos bancários que os brasileiros compram bastante, criptoativos, ativos digitais, já está nesses cinco maiores preferências dos brasileiros, e ações”.
O superintendente da Anbima detalha que a migração da poupança para outras alternativas é muito mais forte entre a população mais jovem:
“A gente vê, nos mais jovens, uma tendência saudável a pensar nos investimentos dela como um conjunto de investimentos, como uma carteira diversificada, que é o mais saudável quando você está escalando e se tornando um investidor que já galgou alguns passos no desafio de se conscientizar financeiramente”. CBN