Quatro membros de uma equipe de saúde de combate ao ebola foram mortos na madrugada desta quinta-feira (28) em um ataque armado no leste da República Democrática do Congo.
Uma pessoa que trabalha para o ministério da Saúde, dois motoristas e um policial foram mortos em um ataque a uma base onde a equipe de resposta ao ebola vive em Biakato, província de Ituri.
Outras 5 pessoas forma feridas no ataque armado. Outro ataque foi contido em Mangina, na mesma província de Ituri.
“Estamos tristes que as pessoas tenham morrido na linha e frente e quando trabalhavam para salvar outros; o mundo perdeu profissionais corajosos”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre os mortos há um membro do time de vacinação, dois motoristas e um policiais.
Nenhum funcionário da OMS foi assassinado, mas um deles foi agredido. A maior parte das vítimas é do Ministério de Saúde.
“Estamos fazendo o possível para levar os feridos e aqueles que estão na linha de frente do trabalho para um local seguro. Esses ataques constantes precisam parar. Nós vamos continuar a trabalhar com o governo da República Democrática do Congo, parceiros e a Missão da ONU no Congo para garantir a segurança da nossa equipe e outros trabalhadores da saúde”, afirmou Matshidiso Moeti, reitor da OMS para a África.
Na semana passada, houve sete novos casos de ebola. Durante o pico, em abril deste ano, eram mais de 120 por semana.
“O ebola estava recuando. Esses ataques vão dar força a ele de novo, e mais gente vai morrer em consequência”, disse Tedros, o diretor-geral da OMS. “Será trágico ver mais sofrimento desnecessário nas comunidades que já sofreram muito. Nós podemos pedir a todos que têm esse poder para que termine esse ciclo de violência”, ele afirmou.
A OMS é parceira do ministério da Saúde na luta contra a epidemia de ebola, que matou 2.199 pessoas desde agosto de 2018.
G1
12:00:03