O quartel-general do surfe brasileiro para o Pan-Americano de Lima fica em Punta Rocas, a mais de uma hora de distância de carro da capital peruana. Em uma casa de três andares, adaptada para as necessidades da delegação nacional, os atletas estão a cinco minutos de caminhada da área de competição. Esse espaço está servindo de laboratório para a operação da modalidade na Olimpíada de Tóquio.
“A gente não podia ter melhor estrutura aqui. Desde que chegamos, conseguimos ficar perto do mar e analisar todas as condições, de maré cheia e vazia, com ou sem vento, mar pequeno ou grande, então pudemos nos aclimatar bem. Facilita estar próximo da competição, de poder ir e vir a qualquer hora. É uma estrutura muito boa que estamos tendo e que tem influência direta na nossa performance”, explicou Chloé Calmon, do longboard.
A Casa do Surfe é a base do Time Brasil em Punta Rocas. No primeiro andar tem dois quartos, uma sala com televisão e uma cozinha com mesa grande. No segundo andar existe uma piscina, que não está sendo utilizada por causa do frio do inverno, e mais três quartos. E no terceiro andar há mais um quarto e um espaço isolado para fisioterapia, com aparelhos de recuperação e até de ativação antes de entrar na água.
“Está sendo um bom teste. Ter a casa próxima ao local de competição é fundamental, com isolamento para atletas terem o foco. No surfe, os atletas acordam cedo e, pela proximidade da praia, às 6h30 já caem no mar para treinar, antes do treino oficial. Ainda temos uma chef brasileira fazendo comida aqui. É o que chamamos de treinamento invisível, com descanso, alimentação e foco na competição”, disse Bernardo Otero, gestor esportivo do COB.
Estadão Conteúdo
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