Projeto ‘Bosques da Memória’ faz homenagem às vítimas da Covid-19 com plantio de árvores em Presidente Epitácio

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A Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar (Apoena), em Presidente Epitácio, inicia neste sábado (12), às 9h, a campanha Bosques da Memória. A ação de restauração florestal visa a homenagear as vítimas da Covid-19 e profissionais da saúde com o plantio de, pelo menos, 200 mil árvores em todo o país. Cada muda plantada vai receber uma placa com a identificação da espécie e com o nome da pessoa que teve a morte causada pelo coronavírus.

Segundo a Apoena, também será celebrado o início da Década da Restauração de Ecossistemas pelas Nações Unidas, que começa no próximo ano.

Ainda conforme a entidade, a campanha foi uma ideia da Apoena e três redes de organizações de defesa do meio ambiente se juntaram nesta iniciativa: a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) e o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica – Pacto e a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD).

Em Presidente Epitácio, foi preparada uma área de 1,2 hectare dentro do Parque Apoena. O planejamento é ter no local 2 mil árvores, que se inicia com o plantio de nove mudas.

“As mudas vão representar uma vítima fatal e profissionais da saúde. Cada uma vai receber uma placa com a identificação da espécie, nome da pessoa e a data do plantio. Convidamos as famílias dessas vítimas para plantarem a muda e também para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento das árvores. Uma árvore será plantada por uma funcionária da Santa Casa de Presidente Epitácio, a Camila Cristina de Carvalho Campos, em representação a todos os funcionários da saúde, da linha de frente”, afirmou o presidente da Apoena, Djalma Weffort ao G1.

Ele ressaltou que a escolha das vítimas foi mediante aprovação das famílias. “O projeto se inicia agora e continua. Quem tiver interesse em homenagear uma das vítimas, pode nos procurar. Quem também quiser iniciar um bosque, também pode entrar em contato. Temos já locais nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, e Paraná. Também há interessados da Argentina e Paraguai. Ou seja, pode se transformar em um projeto internacional. Lembrando que é uma iniciativa voluntária. A pessoa tem que se comprometer a fazer o bosque com recursos próprios”, pontuou.

No Rio de Janeiro, a Associação Mico-Leão-Dourado, em Silva Jardim, na Baixada Litorânea do Rio, participa da campanha. Entre os homenageados estão o compositor Aldir Blanc e o jornalista esportivo Rodrigo Rodrigues.

Weffort acredita a criação dos bosques também vai trazer um pouco de conforto às famílias das vítimas.

“Cada árvore vai representar uma vida que se foi ao mesmo tempo em que também vai representar a continuidade do que essas pessoas representaram. É uma forma, ainda, das famílias serem confortadas, porque muitas nem puderam se despedir, fazer velório. Com o plantio, as famílias vão poder acompanhar o crescimento das árvores. Traz uma esperança para quem está enlutado, pode ajudar a superar esse momento”, enfatizou ao G1.

G1/Prudente
10:30:45

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