Segundo ela, o valor do combustível afeta o trabalho dos motoristas de aplicativo em várias frentes. Para que o lucro não diminua tanto quando o combustível está mais caro, muitos recorrem a mais horas de trabalho ou dirigem em regiões e horários específicos para obter mais ganhos. “O preço reflete não só nos meus ganhos, mas também na minha segurança e no modo como eu tenho de trabalhar”, diz. “O aplicativo paga um preço dinâmico maior para corridas em regiões mais perigosas, por exemplo, porque os motoristas costumam recusar.”
Outro que sentiu no bolso a queda de preços foi Lenaildo de Souza Dias, taxista em São a Paulo há 20 anos. “Eu uso uma média de R$ 100 a R$ 150 por dia para abastecer. Com o preço mais baixo, podemos rodar a mesma quantidade de quilômetros gastando menos, o que ajuda muito na diária no fim do dia. Ajuda todo mundo que trabalha com veículo”, disse.
Presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), Eduardo Lima de Souza adverte, porém, que o quadro não é estável. “Nossa preocupação é que, enquanto o governo faz uma manobra gigantesca para essa redução, o dólar ainda está na atividade em conexão com o petróleo. Se o dólar aumentar, a gente volta a pagar o que estava pagando antes.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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