O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, abalado pelo escândalo das festas em Downing Street durante os confinamentos da pandemia, enfrentará nesta segunda-feira (6) um voto de confiança do Partido Conservador, o que pode afastá-lo do poder ou garantir sua permanência no cargo, mais ou menos enfraquecido.
Para concretizar a votação eram necessários pedidos por carta de pelo menos 15% dos 359 deputados da maioria conservadora, ou seja 54, o que foi alcançado no domingo, anunciou nesta segunda-feira Graham Brady, presidente do comitê que administra a bancada parlamentar conservadora.
Alguns parlamentares, explicou Brady, decidiram adiar o envio de seus pedidos até a conclusão do “jubileu de platina”, os quatro dias de celebrações na Grã-Bretanha para marcar os 70 anos de reinado de Elizabeth II.
Johnson foi informado na noite de domingo. Ele e Graham concordaram que “seguindo as regras estabelecidas, a votação deve acontecer o mais rápido possível. O procedimento acontecerá entre 18H00 e 20H00 locais (14H00 e 16H00 de Brasília), com a apuração dos votos imediatamente em seguida.
Para vencer o voto de confiança é necessária maioria absoluta – 180 ou mais – e Johnson, que acredita em seu famoso talento para o escapismo político, discursará para os deputados conservadores durante a tarde.
Um porta-voz do primeiro-ministro afirmou que a votação é uma oportunidade de “colocar um ponto final e seguir adiante”. Ele “agradece a oportunidade de expor seu caso aos parlamentares e vai recordá-los que, quando estamos unidos e concentrados nas causas que importam aos nossos eleitores, não há uma força política mais formidável” que o Partido Conservador.
E como exemplo do relevante trabalho do primeiro-ministro, sua assessoria de imprensa divulgou um longo comunicado sobre uma conversa telefônica nesta segunda-feira com o presidente ucraniano, Volodymr Zelensky, sobre a guerra com a Rússia.
AFP
10:50:03