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Primeira parcela do 13º deve injetar mais de R$ 100 bi na economia, mas parte vai para as dívidas

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Primeira parte do 13º deve cair até esta quinta-feira (30)
Primeira parte do 13º deve cair até esta quinta-feira (30) CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO – 25.10.2023

O pagamento da primeira parcela do 13º salário, que será realizado nesta quinta-feira (30), deve injetar pelo menos R$ 100 bilhões na economia.

A estimativa é baseada em estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que prevê um total de R$ 291 bilhões até o fim do ano, considerando todas as parcelas e os abonos antecipados em 2023.

Em meio a recordes de endividamento das famílias e a programas de renegociação, como o Desenrola Brasil, uma parte do valor deverá ser usada para o pagamento de dívidas. A previsão é da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

“Uma parte importante desse dinheiro extra vai ser usada na quitação das dívidas, mas vai sobrar uma porcentagem para ser usada no consumo”, estima Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da associação.

Para ele, mesmo assim, o impacto será positivo para o comércio, em razão do aumento da confiança do consumidor, da recuperação da renda e do emprego, da redução da inflação e da taxa básica de juros, a Selic.

O último trimestre do ano vai dar uma aquecida. Mas a gente faz essa ressalva que não é um impacto de 100% do 13º salário que vai aumentar o consumo, porque as famílias vão colocar em dia as contas atrasadas e as dívidas. Uma parte dessa injeção de dinheiro será usada nisso, mas com certeza vai aquecer o consumo.

Com isso, a expectativa é de retomada das vendas, com crescimento de cerca de 2% no ano em relação a 2022.

As vendas cresceram 0,6% em setembro, segundo Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O setor acumula alta de 1,8% no ano e de 1,7% em 12 meses, mas já opera 4,9% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

“A gente espera uma retomada das vendas no varejo, tanto nacional como em São Paulo, em função do 13º salário. O impacto é positivo, mas é menos intenso por essa questão do endividamento”, acrescenta o economista. R7

 

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