A Prada anunciou nesta quinta-feira, 10, a compra da marca Versace, que pertencia à Capri Holdings, grupo americano dono também das marcas Michael Kors e Jimmy Choo. A transação foi da cifra US$ 1,375 bilhão, valor que inclui as dívidas da empresa adquirida. A negociação une duas grifes italianas de grande destaque no mercado global de moda.
A operação acontece em um momento em que a Prada tem mantido resultados positivos, mesmo com a queda na demanda por produtos de luxo. Na contramão, a Versace vinha operando com prejuízos.
Nos nove meses findos em dezembro de 2024 a empresa gerou US$ 613 milhões em receita líquida, todavia ficou no vermelho ainda assim, anotando prejuízo líquido de US$ 41 milhões no período.
Para o ano fiscal de 2024 (acabou em março de 2024) a empresa reportou resultados com US$ 1,03 bilhão em receita líquida, mas um tímido lucro de US$ 25 milhões.
O valor da transação está sujeito a ajustes no fechamento e pós-fechamento, com base em capital de giro e endividamento líquido, e depende de aprovações antitruste e regulatórias. Todavia, as barreiras são mínimas e o esperado é que o fechamento do negócio ocorra sete dias após o acordo – feito nesta quinta, 10.
A transação, fortalece a presença de gigantes da Itália em um setor atualmente dominado por grandes grupos franceses – como o grupo LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton), do bilionário Bernard Arnault.
O anúncio da compra da Versace pela Prada veio pouco depois da saída de Donatella Versace do cargo de diretora criativa da marca, função que ocupava desde a morte de seu irmão, Gianni, fundador da empresa.IE