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Pesquisadores iniciam preparação para o transporte do maior fóssil brasileiro de pelve de titanossauro em Presidente Prudente

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Pesquisadores iniciam preparação para o transporte do maior fóssil da pelve de um titanossauro brasileiro em Presidente Prudente (SP) — Foto: Leonardo Bosisio/g1
Pesquisadores iniciam preparação para o transporte do maior fóssil da pelve de um titanossauro brasileiro em Presidente Prudente (SP) — Foto: Leonardo Bosisio/g1

Após mais de dois anos guardado na Escola Técnica Estadual (Etec) de Presidente Prudente (SP), pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) preparam o transporte do maior fóssil da pelve de um titanossauro conhecida no Brasil para estudo.

A ossada pré-histórica do dinossauro herbívoro foi encontrada por paleontólogos, em 2014, em uma fazenda na cidade de Alfredo Marcondes (SP) e, somente após oito anos da descoberta, ela foi retirada da terra.

Preparação para o transporte
A equipe carioca é composta pelo doutor em paleontologia André Eduardo Piacentini Pinheiro, que também é o coordenador do Laboratório de Paleontologia de São Gonçalo, pelo especialista em paleoecologia Felipe Mesquita Vasconcelos e pelo Biólogo Kauê da Silva Fontes.

O grupo chegou ao Oeste Paulista e começou a analisar a situação da peça, nesta terça-feira (23). A previsão é de os trabalhos de preparação da peça encerrem daqui há duas semanas.

Conforme Pinheiro disse ao g1, mesmo protegido, o fóssil estava bastante fragilizado por ter ficado tanto tempo exposto às intempéries, em 2022, é a maior e “uma das únicas bacias completas conhecida desse grupo de dinossauros no Brasil”.

“Esse elemento pertencia a um animal bastante grande, ainda não tenho como estimar o tamanho, mas é um animal que deveria chegar aos seus 30 metros de comprimento tranquilamente. Essa peça constitui uma cintura pélvica, os ossos ilíacos de um grande titanossauro que andou pela região há pelo menos 80 milhões de anos atrás”, esclareceu o paleontólogo.

Pinheiro explicou ao g1 que a equipe deve retirar todo o gesso da peça, restaurar tudo aquilo que está quebrando e preparar uma nova camada de gesso para proteger o fóssil. Em seguida, a ossada deve ser encaminhada para alguma instituição pública da região, onde os pesquisadores poderão estudar o material e, posteriormente, ficará exposto ao público.

Em Presidente Prudente, já foram descobertas fósseis de três titanossauros: Gondwanatitan faustoi, Brasilotitan nemophagus e Austroposeidon magnificus. O fóssil descoberto em 2014 passará por análises para que os pesquisadores tenham a certeza de qual espécie ele pertence.

“A gente vai tentar descobrir se essa pelve pertenceu a algum desses animais já conhecidos ou se potencialmente pode pertencer a uma espécie ainda desconhecida para a ciência”, afirmou o paleontólogo ao g1.

Pinheiro também relatou que veio ao Oeste Paulista com recursos próprios, após não conseguir contemplação de verbas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para seu projeto.

Apesar disso, o paleontólogo pretende visitar os pontos onde já coletou fósseis na região de Presidente Prudente para averiguar a situação dos locais e disse que deseja retornar anualmente ao Oeste Paulista para fazer escavações. G1/Prudente

 

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