A Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira que não vai reajustar neste ano as tarifas de pedágios cuja mudança nos valores estava prevista para esta sexta. A atualização seria de 10,72% (IGPM) a 11,73% (IPCA) – dependendo do indexador do contrato de concessão – para perdas inflacionárias ocorridas nos últimos 12 meses (de junho de 2021 a maio de 2022). Segundo a pasta, “a decisão acontece por causa da atual conjuntura econômica e do custo Brasil, com a alta desenfreada dos preços, em especial de combustíveis”.
“Anunciei há pouco que não haverá reajuste de pedágio nas rodovias paulistas. Diante da alta desenfreada dos preços, principalmente dos combustíveis, é impensável onerar o bolso dos paulistas”, disse o governador Rodrigo Garcia (PSDB).
Além disso, a Secretaria de Logística e Transportes e a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) foram incumbidas de criar uma nova política estadual para as rodovias concessionadas paulistas para buscar soluções que, por um lado, não prejudiquem a população e os setores que dependem do transporte pelas rodovias, e, por outro, não inviabilize os contratos assinados com as concessionárias.
“Preocupado com o cenário econômico nacional ruim, que prejudica tanto nossa população, o governo de São Paulo tomou esta decisão. Mas vale lembrar que o governo não descumpre contrato e vai dialogar com todos os setores envolvidos, inclusive as concessionárias e não onerar ainda mais o orçamento estadual”, disse João Octaviano Machado Neto, secretário estadual de Logística e Transportes.
Para isto, em reunião nesta segunda, a secretaria criou, por determinação do governo de São Paulo, uma câmara temática que envolve Artesp, Procuradoria Geral do Estado, secretarias de Governo e da Fazenda, além da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias). O objetivo do grupo, que tem ainda as presenças do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região) e Fetcesp (Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de São Paulo), é discutir formas de compensação com as concessionárias e, assim, evitar a quebra de contratos.
O Imparcial
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