Opinião
QUANTO VALE A VIDA?
A diferença entre falar e fazer é gigantesca. Muitos se sensibilizam com a dor alheia. Pouco são os que acolhem os outros nos momentos de dificuldades. Poucos os que realmente buscam soluções para mudar a história daqueles que sofrem.
Eu não vou longe.
Quantas mães estão aflitas nesse momento por não terem alimentos para dar a seus filhos. Quanta tristeza sentem ao perceber que não tem arroz e nem feijão. Não tem sal e nem pão. Não tem nada!
Penso que nesse momento alcança-lhes a mais profunda solidão. Devem sentir-se abandonadas, desamparadas e desprotegidas.
Mãe é fundamento!
Certamente fará uma oração. Com o coração contrito, quebrantado, despedaçado pedirá ajuda.
Não entendo e jamais vou entender, como as pessoas que tem condições de ajudar seu próximo, não o fazem. Como governos que estão diante dessa situação gravíssima e ignoram!
E ignorar é preterir, deixar de lado.
Quantas pessoas doentes nos hospitais. Necessitando de tratamento e acolhimento. A doença pode não ser só física. As dores também podem ser emocionais. É preciso afeto para curar a maioria das doenças. E onde se encontra esse sentimento?
Por que muitas pessoas não enxergam com o coração?
Porque colocam o dinheiro sempre em primeiro lugar?
Pessoas de fala fácil, de discurso bonito, narrativas convincentes e incapazes de gestos de grandeza.
Tem gente pavoneando sobre os escombros de nosso tempo. Gente com intenções delineadas afim de conquistar mais poder. Pessoas ávidas pela própria e diminuta notoriedade.
E poder para que?
Para satisfação própria?
Sonho com o dia que aqueles que detém o poder olhem pelos “pequenos”. E pequenos são os pobres na concepção de alguns.
Pobres que devem se submeter aos mais ricos. Pobres que precisam que os ricos estejam bem para se desenvolver?
Não! É claro que não!
Esse pensamento é que é pequeno, minúsculo e triste! Diria até tacanho.
É preciso enxergar com igualdade
Ninguém é melhor do que ninguém. Não há bens materiais que façam pessoas superiores as outras. Somos iguais em direitos e obrigações.
Deus não faz acepção de pessoas
Faremos nós?
Seremos nós a apartar as pessoas vulneráveis? E dentro de hospitais criar mecanismos para atender apenas os mais abastados. Será? Será que é só por dinheiro, tudo enfim?
Quanto vale a vida?
Se você tem um bom convênio médico vale um quarto confortável. Se você não tem vale uma noite com lençóis rasgados.
Se você tem um bom convênio vale a transferência para um hospital mais equipado. Se você não tem a espera pode ser indiferente. Pode significar o adeus antes da hora. Pode?
Quanto vale a vida?
Estamos aqui para passar o tempo todo atrás de bens materiais? É isso mesmo? Estamos aqui apenas para olhar para as nossas vidas? Vale o egoísmo explícito? Vale a deslealdade por causa de um projeto de poder? Vale a ingratidão para se satisfazer dentro da mesquinhez da própria alma.
Eu tenho histórias lindas para contar.
Mas quando começo escrever sinto necessidade de falar coisas que todos precisam atentar. É preciso amor para tratar com as pessoas. É preciso respeito, cuidado, atenção e muito afeto para lidar com o outro.
Não adianta discurso bonito. Não adianta aparência do bem. Não adianta vídeos se mostrando o salvador da pátria. Não adianta!
O que vale são os atos.
Tenho uma amiga no meu facebook que diz:
“Eu amo as palavras, mas sou completamente apaixonada por atitudes” Tati Bernardi
É isso!
Sentimentos superiores atraem gestos superiores. O perdão! O olhar de igualdade! A empatia! A nobreza de sentimentos! O respeito pelos outros.
Cada um vai dar conta de si mesmo. Todos erramos ao longo da vida. Mas, o próprio tempo vai nos ensinando o que vale a pena e o que faz sentido.
E esses ensinamentos que aprendemos no processo de desenvolvimento pessoal. E esse processo às vezes é um deserto. Mas, nos dá de presente a evolução que vem com o aprendizado.
Sabemos os problemas sociais e econômicos que nosso país tem passado. O desemprego, a miséria, a violência, a fome, o desalento.
Somos sobreviventes de uma pandemia que levou mais de 620 mil pessoas. Somos sobreviventes!
E diante dessa dádiva, dessa bendição, dessa proteção. Agradeçamos!
Sejamos melhores!
Não desperdicemos essa chance.
Sejamos bons e não servis. Sejamos compreensivos e não tolos.
Prestemos atenção!
Patrícia Lopes de Oliveira
Formada em Letras e Direito
Pesquisadora em projetos humanitários e culturais.
19:42:27
Respostas de 2
A pessoa tem duas formações e não se identifica com nenhuma. Alguém aposta que esses textos não passam de propaganda eleitoral barata.
Sabe mais da identificação do que eu? rsrsrs
Propaganda eleitoral de quem?
Ora.. . Rsrsrs
Preocupado João Pedro?