Cuca entrou para a história do Corinthians. Mas com certeza não do jeito que o treinador esperava quando foi anunciado como substituto de Fernando Lázaro, na semana passada.
Ao entregar o cargo na madrugada desta quinta-feira (27), horas depois da classificação emocionante para as oitavas de final da Copa do Brasil, sobre o Remo-PA, Cuca se tornou o treinador que menos tempo ficou no cargo na história do Timão.
A decisão de Cuca não tem nenhuma ligação com o trabalho em campo. Afinal, ele nem teve tempo para isso. Foram apenas sete dias e dois jogos: derrota para o Goiás-GO, por 3 a 1, no Brasileirão, e vitória sobre o Remo-PA, por 2 a 0, na última quarta-feira (26).
O motivo se deve ao fato de o treinador não ter aguentado a pressão vinda das arquibancadas devido a sua condenação por estupro de uma jovem de 13 anos na década de 1980, quando defendia o Grêmio, durante uma excursão na Europa.
“Não esperava a avalanche que aconteceu aqui. São coisas já passadas há muito tempo, ressurgidas como se tivessem acontecido hoje. Fui julgado e punido pela internet, entre aspas. Isso tem uma consequência muito grande”, disse o treinador durante o pronunciamento de despedida.
Desde que Cuca foi anunciado, no dia 20 de abril, houve inúmeros protestos de torcedores contrários a sua contratação. Até mesmo as jogadoras do time feminino do Corinthians se manifestaram, embora a diretoria tenha tentado pôr “panos quentes”.
A passagem-relâmpago de Cuca superou a de Júnior, ex-lateral de Flamengo e seleção brasileira, que em 2013 ficou 12 dias no cargo antes de pedir demissão. Nesse período, o Corinthians perdeu os dois jogos que realizou.
R7
09:20:03