Impulsionado pelo acordo entre Mercosul e União Europeia, o governo trabalha para viabilizar uma parceria comercial entre o bloco sul-americano e o Japão. Aproveitando o ambiente político favorável, a expectativa do Palácio do Planalto e de setores da indústria é que o anúncio oficial sobre o início das tratativas para um acordo de livre-comércio entre as partes possa ser feito até o fim deste ano.
A formalização deve ocorrer durante visita do presidente Jair Bolsonaro a Tóquio, em outubro, para a cerimônia de entronização do novo imperador do Japão, Naruhito. A viagem deve ocorrer no mesmo período em que o presidente visitará China, Emirados Árabes e Arábia Saudita. Outra possibilidade é que o anúncio da parceria seja feito em novembro, caso o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, aceite o convite para vir ao Brasil.
Na próxima semana, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação Empresarial do Japão (Keidanren) vão assinar uma declaração conjunta para defender o início das negociações do acordo. O documento será apresentado na reunião anual do Conselho Empresarial Brasil-Japão, que acontece na próxima Segunda-feira (29), em São Paulo.
“Há enorme potencial para maior cooperação econômica e industrial entre os dois países. A liberalização do comércio de bens e serviços, assim como a celebração de novos marcos legais, pode despertar o potencial e construir laços econômicos mutuamente benéficos entre Brasil e Japão – e também para os membros do Mercosul”, diz trecho da declaração conjunta, obtida com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.
Estadão Conteúdo
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