Trump, que frequentemente censura os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) por não financiarem adequadamente essa aliança, também afirmou que se recusaria a defender qualquer um desses países contra a Rússia, se o país estiver em inadimplência. O ex-presidente referiu-se a uma conversa com um líder, que não identificou, durante uma reunião da Otan.
“O presidente de um grande país levantou-se e perguntou: ‘Bem, senhor, se não pagarmos e a Rússia nos atacar, você nos protegeria?’ E eu respondi: ‘Se você não pagou, você cometeu um crime’”. “Eu não o protegeria. Pelo contrário, encorajaria (a Rússia) a fazer o que quiser. Você tem que pagar, tem que pagar as suas contas”, enfatizou Trump.
A Casa Branca rejeitou essas declarações. “Encorajar invasões dos nossos aliados mais próximos por regimes assassinos é terrível e perturbador”, disse o porta-voz Andrew Bates em um comunicado.
“Em vez de apelar à guerra e promover o caos, o presidente Biden continuará apoiando a liderança americana”, acrescentou o porta-voz.
O Senado dos Estados Unidos debaterá na próxima semana o pacote de ajuda que inclui 95 bilhões de dólares (472,2 bilhões de reais) para a Ucrânia – em guerra depois de ter sido invadida pela Rússia –, para a luta de Israel contra os milicianos do grupo islamista palestino Hamas e para Taiwan, seu aliado estratégico.
A maior parte seria para ajudar a Ucrânia a reabastecer os esgotados fornecimentos de munições, armas e outras necessidades cruciais, à medida que se prepara para entrar no seu terceiro ano de guerra.
Em mais de uma ocasião, Trump manifestou dúvidas e inclusive se opôs à continuação da assistência dos Estados Unidos à Ucrânia e ameaçou deixar a Otan se voltasse à Casa Branca. AFP