Terceiro colocado na eleição para a prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) deve deixar o partido pelo qual foi candidato e se filiar ao União Brasil. Uma fonte na legenda confirmou a informação, sob condição de anonimato, ao site IstoÉ.
A troca de sigla foi tratada como “questão de tempo” por esse político, que se referiu ao potencial colega como uma “liderança nacional, capaz de se candidatar a presidente ou governador” devido ao desempenho na capital paulista. “No União, ele terá condições de vencer com tranquilidade essas eleições”, concluiu.
Marçal não está decidido quanto à mudança, mas a existência de conversas é confirmada por interlocutores. Em declarações após o pleito municipal, ele admitiu o desejo de voltar a disputar eleições majoritárias em 2026, quando os governos estadual e federal estarão em disputa.
Para consolidar o plano, o ex-coach enfrentaria alguns obstáculos no União. A nível estadual, a sigla orbita a administração de Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem teria de se opor para lançar candidatura própria. No plano nacional, comanda três ministérios no governo Lula (PT) — a quem Marçal faz oposição –, mas tem no governador de Goiás, Ronaldo Caiado, um postulante declarado ao Palácio do Planalto.
Ao mesmo tempo, a legenda assegura uma plataforma mais estruturada para fazer campanha, já que tem boa representação no Congresso (59 deputados e 7 senadores) e a terceira maior fatia do fundo eleitoral — cujo uso foi dispensado pelo ex-coach neste ano –, condição oposta à do PRTB. Além disso, a filiação atrapalhou Marçal na disputa municipal, quando integrantes da direção partidária foram acusados de fazer negócios com o PCC (Primeiro Comando da Capital), o que virou munição para seus adversários. LR