O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), realinhou suas secretarias e deu mais poder ao seu partido, além de alocar ao menos quatro ex-prefeitos da região metropolitana em seu governo. Nesta quinta-feira, 2, o emedebista realizou a primeira reunião com o secretariado para alinhar as expectativas sobre a nova gestão.
As pastas mais importantes ficaram com o MDB, para dar amplos poderes ao prefeito reeleito. Entre elas está a Secretaria de Governo, mantida com Edson Aparecido, visto como homem forte da Prefeitura.
A principal mudança no secretariado aconteceu na Casa Civil, a pasta mais relevante do Edifício Matarazzo. Fabrício Cobra deu lugar ao presidente municipal do MDB, Enrico Misasi, que chefiou a campanha de Nunes nas eleições de 2024.
A legenda ainda garantiu espaço em mais quatro secretarias: Sidney Cruz (Habitação), Marcela Arruda (Gestão), Totó Parente (Cultura) e Regina Santana (Direitos Humanos).
Com a coligação de 11 partidos em sua campanha, Nunes deixou de lado aliados importantes, como o PL e o União Brasil. O primeiro, do ex-presidente Jair Bolsonaro, terá apenas três secretarias, enquanto o segundo perdeu espaço em troca da presidência da Câmara de Vereadores pelos próximos quatro anos. Entretanto, a legenda manteve a indicação na Secretaria dos Transportes.
Ricardo Nunes ainda deixou espaço para alocar ao menos quatro ex-prefeitos da região metropolitana de São Paulo. Orlando Morando (São Bernardo do Campo), ex-PSDB, assumirá a pasta da Segurança Urbana, um dos postos-chave da Prefeitura. Já Rogério Lins (Podemos), que comandou Osasco até a semana passada, ficará à frente da pasta de Esporte e Lazer.
Outro ex-prefeito que assume um posto no primeiro escalão de Nunes é Rodrigo Ashiuchi (Suzano), uma das indicações feitas pelo PL, que ficará à frente da pasta do Meio Ambiente. O partido de Bolsonaro ainda deve ter mais uma indicação, a do ex-prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, para a Secretaria de Desestatização e Parcerias. IE
