Já se passaram quase três anos e meio desde a tragédia da Chapecoense. E Neto continua com dores. O ex-jogador diz não passar um dia sequer sem que seja incomodado pelas dores no corpo, consequência do acidente aéreo que matou 71 pessoas, entre jogadores, membros da comissão técnica, dirigentes e jornalistas, no final de novembro de 2016.
Um dos três atletas que sobrevieram ao episódio trágico, o ex-zagueiro teve o fim de sua carreira decretado pelos médicos no final do ano passado. E agora tenta reconstruir a sua vida em nova função, longe dos gramados. Tornou-se o superintendente de futebol da Chapecoense, tentando ajudar o clube em crise financeira na intermediação entre a diretoria e o vestiário e também entre o clube e empresas e instituições das quais a Chapecoense cobra indenizações.
Nesta entrevista ao Estado, concedida durante o prêmio Laureus, em Berlim, ainda em fevereiro, Neto fala sobre as dificuldades físicas e emocionais que enfrenta todos os dias, como as dores e os traumas (“ainda é difícil entrar num avião”), critica aqueles que tentaram tirar vantagem sobre o clube em meio à tragédia e comenta sobre a sua busca por justiça. “Não recebemos nenhuma indenização até hoje”.
IstoÉ
09:30:03