A morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque aéreo em Teerã gera preocupação com uma intensificação do conflito entre Israel e palestinos.
Autoridades palestinas e governos como o da Turquia, Egito, Iraque, Jordânia, Qatar, Irã e Rússia condenaram o assassinato, enquanto o próprio Hamas indicou que o ato representa uma “escalada grave” na guerra e que não ficará impune. Não existem detalhes ainda de como o ataque ocorreu.
“Nós nos vingaremos”, anunciou aiatolá Ali Khamenei, chefe supremo do Irã. Ele alertou que Israel “deu base” para uma “punição dura e uma vingança muito difícil”.
“É nosso dever vingar o sangue de Haniyeh. Ele foi um mártir em nossas terras”
Ali Khamenei, chefe supremo do Irã
Grupos como o Hezbollah e os Houthis também indicaram que poderão reagir. Já o ex-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, Mohsen Rezaei, afirmou que “Israel pagará um preço elevado” pela morte.
Os atuais comandantes da Guarda Revolucionária, pilar do regime iraniano, também alertaram que a resposta será “dolorosa”.
A morte ocorreu horas depois do assassinato de outro aliado iraniano, Fuad Shukur, o chefe militar do Hezbollah. Sua eliminação, em Beirute, foi uma retaliação a um ataque em Israel que deixou doze crianças mortas. JAMIL CHADE/UOL