Viatina-19, segunda vaca mais cara do mundo, teve seu primeiro clone viável após tentativas sem sucesso. Em 2023 a vaca foi avaliada em R$ 21 milhões quando teve uma parte de seus direitos reprodutivos adquirida pela fazenda Napemo de Uberaba (MG) por 3,9 milhões.
Lorrany Martins Pereira de Moraes, veterinária que administra a fazenda com o pai, explicou que o processo de clonagem é delicado e envolve diversas variáveis.
“Esse processo tem o objetivo de criar um indivíduo idêntico a Viatina, é uma forma garantida da replicação genética dela, mas não é um processo simples. Só do clone ter nascido e estar estável já é um sucesso”, afirma a veterinária.
Entenda a clonagem
Essa técnica serve principalmente para multiplicar animais e prolongar boas genéticas, entretanto essa tecnologia ainda não está plenamente desenvolvida. “No processo de clonagem, retiramos o núcleo de óvulos da Viatina, que posteriormente é colocado em uma outra célula”, explicou Lorrany.
Os clones são produzidos por fecundação in vitro. “Fazemos aspiração da Viatina, e com o produto aspirado, fazemos a fecundação in vitro, depois transferimos o embrião para uma vaca que será “barriga de aluguel”, o que chamamos de receptoras”, acrescenta.
Segunda vaca mais cara do mundo
Viatina-19 já foi a vaca mais cara do mundo em 2023, chegando até mesmo entrar para o Guinness, mas foi ultrapassada por Carina FIV do Kado, atualmente avaliada em 24 milhões.
Em 2023, Neyrismar Antônio Pereira pagou R$ 3,9 milhões em leilão, pela metade dos direitos de Viatina que pertencia à Casa Branca Agropecuária e era avaliada em R$ 21 milhões.
No ano seguinte, os parceiros venderam um terço para a HRO Nelore, por R$ 6,99 milhões, uma valorização de 160% em menos de um ano.
“A Viatina é a principal matriz da raça Nelore, nenhuma outra vaca produziu a quantidade de filhas de alto valor genético em um curto intervalo de tempo. Ela demonstrou ser além de muito produtiva um nível muito alto na qualidade de suas bezerras. Um índice muito acima de qualquer outro indivíduo”, contou Neyrismar Antônio Pereira. DR
