Pelo menos 20% das microbacias da Amazônia sofrem alto impacto de atividades ou infraestruturas que ocorrem ao seu redor, como hidrelétricas -principal agente de pressão-, mineração e garimpo ilegal, estradas e agropecuária.
Essa é a conclusão de um novo índice, o IIAA (Índice de Impacto nas Águas da Amazônia), criado pela Ambiental Media, com apoio do Instituto Serrapilheira e participação de pesquisadores.
O índice faz parte do projeto Aquazônia, lançado nesta quinta-feira (5).
O IIAA vai de 0, que significa impacto muito baixo, até mais de 5, para classificação de impacto extremo. Foram analisados dados de hidroeletricidade, exploração mineral, hidrovias, agropecuária, degradação florestal, cruzamentos de rios com estradas, área urbana e mudanças climáticas em 11.216 microbacias da Amazônia Legal.
Dessas, 2.299 apresentam um impacto tido como alto pelo IIAA.
O top cinco de áreas mais impactadas -e, dessa forma, com números mais altos no índice- tem presença de bacias com hidrelétricas. São elas: a do Madeira, que tem a hidrelétrica Canaã, em Rondônia; a do Tapajós, com a hidrelétrica Braço Norte, em Mato Grosso; a do Xingu, região da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará; a do Tapajós, com a hidrelétrica Paranorte, em Mato Grosso; e a do Madeira, novamente, com a hidrelétrica Jamari, em Rondônia, mais uma vez.
Folha Press
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