Com vendas em alta, mas exportações em queda e produção estagnada, a indústria automobilística fechou quase mil postos de trabalho em março, mantendo um quadro de 130 mil funcionários, o menor contingente mensal desde janeiro do ano passado.
Os cortes fazem parte de ajustes promovidos pelas empresas, diz a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Ocorreram no mesmo mês em que a Honda inaugurou em Itirapina (SP) uma fábrica que ficou fechada por três anos, em razão da crise, e não gerou vagas. Os 450 trabalhadores iniciais foram transferidos de outra unidade do grupo em São Paulo e o mesmo deve ocorrer com futuros postos.
A produção de veículos caiu 10% em relação a março de 2018, em parte por causa de o mês ter um dia útil a menos, da paralisação de trabalhadores na Ford de São Bernardo do Campo (SP) em protesto contra o anúncio de fechamento da unidade e inundação, pelas chuvas, na fábrica da Mercedes-Benz na mesma cidade, que afetou as atividades por alguns dias.
No trimestre, a produção está 0,6% abaixo do volume de 2018, com 695,7 mil unidades, enquanto as exportações despencaram 42% no período, para 104,5 mil unidades.
Estadão Conteúdo
11:40:02