O Ministério Público de Paris pediu nesta sexta-feira (10) uma pena de prisão perpétua sem qualquer possibilidade de libertação antecipada para Salah Abdeslam, o único sobrevivente entre os autores materiais dos atentados de 13 de novembro de 2015, na capital da França.
O francês de 32 anos participou ativamente dos atentados, mas, ao contrário de seus comparsas naquela noite, não detonou o próprio corpo como estava planejado e acabou preso.
O pedido foi feito no julgamento do massacre de 13 de novembro de 2015, que deixou 130 mortos na casa de shows Bataclan, em bares e restaurantes do 10º e 11º arrondissements de Paris e nos arredores do Stade de France, em Saint-Denis, cidade satélite da capital francesa.
Segundo a procuradoria francesa, Abdeslam deve ser condenado a prisão perpétua em penitenciária de segurança máxima. O pedido prevê ainda a impossibilidade de qualquer desconto da pena, uma sanção muito rara na França, mas solicitada devido “a imensa gravidade dos fatos”.
A advogada Camille Hennetier explicou que durante as audiências, “apesar das suas palavras e das suas lágrimas, Abdeslam ficou fiel até ao fim à sua ideologia” e nunca expressou “o mínimo arrependimento”.
Abdeslam é réu ao lado de outras 19 pessoas, mas é o único que participou ativamente dos ataques. Seis indivíduos estão sendo julgados em contumácia, já que teriam fugido para o Oriente Médio. (ANSA)
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