O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou inquérito nesta sexta-feira, 20, para apurar a prática de tortura no supermercado Extra do Morumbi, na zona sul da capital paulista. O caso foi descoberto com a divulgação de uma filmagem que mostra um homem sendo agredido e levando choques de três seguranças da unidade.
O vídeo ainda mostra o homem amarrado, amordaçado e com a calça abaixada. Os seguranças, de uma empresa terceirizada contratada pelo supermercado, o agridem com um cabo de vassoura e o obrigam a repetir frases enquanto é espancado. “Galera, não rouba mais no Extra Morumbi” e “Eu errei e me ferrei” são algumas frases que os funcionários fazem a vítima dizer enquanto é filmada.
Os promotores Eduardo Valério, Anna Yaryd e Camila Pellin pedem as imagens gravadas, informações sobre a existência de alguma orientação da empresa aos seguranças para o protocolo a ser seguido em caso de furtos, roubos ou outros crimes dentro das lojas. O MP também requisitou à Polícia Civil a instauração de inquérito policial.
O caso aconteceu em março de 2018, mas o Extra diz só ter tomado conhecimento na sexta-feira, 12. A empresa diz ter imediatamente iniciado uma apuração interna para tomar as providências necessárias. “A rede lamenta profundamente que tal comportamento tenha ocorrido em uma de suas unidades, uma vez que proíbe o uso de qualquer tipo de violência, por meio de suas políticas internas”, afirma em comunicado.
Estadão Conteúdo
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