A húngara Bettina Fabian quer acreditar que as “coisas marrons” que viu no Sena eram plantas podres. Mas o que realmente tirou seu fôlego na tão esperada prova feminina da maratona aquática desta quinta-feira (8) nos Jogos Olímpicos foi a forte correnteza do icônico rio parisiense.
“Vi algumas, não sei, coisas marrons. Espero que não seja o que eu estou pensando. Engoli muita água, mas vamos fertilizar minha garganta com um pouco de álcool e ficaremos felizes com isso”, disse Fabian com humor ao terminar na quinta colocação
“Pensei que estaria mais sujo, mas você sabe… Precisamos de alguns dias para sentir os sintomas do rio, mas espero o melhor”, acrescentou a húngara, que disse ter visto bolsas plásticas flutuando ao longo do trajeto.
Fabian, de 19 anos, foi uma das 24 nadadoras que competiram nesta quinta-feira no circuito de 10 quilômetros no rio Sena, centro das atenções durante os últimos meses devido à má qualidade de suas águas.
Apesar de investimentos milionários para descontaminar o rio, dias antes da prova ainda foram detectadas bactérias fecais nas águas, o que obrigou o cancelamento de treinos e o adiamento em um dia da prova de triatlo masculino, também disputada no Sena.
“A gente ficava com essa insegurança de acordar hoje e falar: ‘será que a prova vai sair mesmo? Ou será que ela vai adiar? Será que ela vai ser cancelada?’”, afirmou a brasileira Viviane Jungblut, que terminou a maratona aquática na 11ª posição. AFP