Após 20 anos de negociações, Mercosul e União Europeia concluíram ontem (28) um acordo para formar uma área de livre-comércio entre os dois blocos. A informação foi divulgada primeiro pelo ‘Estadão.com.br’. Ele prevê que, em até dez anos, 90% dos produtos exportados pelo Brasil entrarão no bloco europeu livre de tarifas de importação. Hoje, somente 24% das mercadorias enviadas aos europeus têm alíquota zero. Com isso, o Brasil e seus parceiros – Argentina, Paraguai e Uruguai – esperam ter vantagens frente a outros rivais e aumentar as vendas para o bloco.
Segundo o governo, o tratado permitirá ao Brasil que, em 15 anos, as exportações para o bloco aumentem em US$ 100 bilhões. Em 2018, o Brasil exportou US$ 42,1 bilhões para os 28 países que compõem a UE. O bloco é o segundo maior mercado para os produtos brasileiros no mundo, perdendo somente para a China.
O Ministério da Economia afirmou ainda que o acordo representará um incremento de até US$ 125 bilhões em 15 anos no PIB e permitirá a entrada de US$ 113 bilhões em investimentos no mesmo período. O blog da coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy, informou no dia 16 de maio que o acordo estava prestes a ser fechado.
Com o acordo, produtos agrícolas brasileiros, como suco de laranja, frutas, café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais, terão tarifas eliminadas ao serem vendidos para a Europa. Na outra mão, o Mercosul também não taxará as compras de produtos europeus, como veículos, maquinários, químicos e farmacêuticos, entre outros.
IstoÉ
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