Segundo turno das eleições parlamentares na França, neste domingo, será emocionante. Não é certo que partido do presidente conquistará maioria. Sem isso, Macron dependeria dos votos da direita ou da aliança de esquerda.Para o presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro turno das eleições parlamentares na França, no domingo passado, foi um choque. Os candidatos de seu partido perderam apoio e acabaram empatados com seus adversários da aliança de esquerda. O segundo turno, neste domingo (19/06), será emocionante, pois não se sabe se Macron conseguirá obter uma maioria na Assembleia Nacional.
Nas eleições presidenciais de abril, parecia que a França teria que decidir entre o centro e a extrema direita. Marine Le Pen ficou em segundo lugar no primeiro turno e declarou guerra ao presidente. Após a reeleição de Macron, no entanto, esse quadro mudou. Os apoiadores da extrema direita do Reagrupamento Nacional estão em terceiro lugar. Eles estão menos ancorados regionalmente que outros partidos, mas já celebram seus resultados, pois terão significativamente mais deputados em Paris do que antes.
Mas a nova aliança de esquerda, forjada pelos socialistas, comunistas, verdes e o partido de protesto de esquerda A França Insubmissa, colocou pressão no governo. A campanha eleitoral, que durante semanas parecia um treino de boxe solitário da oposição, ganhou dinamismo inesperadamente. Jean-Luc Mélenchon, o líder da aliança de esquerda, batizada de Nova União Popular Ecológica e Social (Nupes), conseguiu inspirar e mobilizar os jovens eleitores com uma retórica flamejante.
De repente, os partidários de Macron viram que tinham que lutar. Embora as pesquisas indiquem que eles serão novamente a maior bancada da Assembleia Nacional, não é certo que terão uma maioria governamental de mais de 289 votos. E o campo do presidente está enfraquecido por assuntos como uma desastrosa operação policial em um jogo da Copa Europeia no Stade de France ou as acusações de abuso contra um dos seus ministros.
IstoÉ
10:45:03