
“Sou cubano, moro no Brasil há seis anos e trabalhei quatro no Mais Médicos. Meu contrato acabou há três meses e tenho a esperança de voltar para o programa em 2023.” Esse é o breve relato de Rodolfo Jova Morel, de 56 anos, que fixou endereço em Porto Velho, Rondônia. Formado na Universidade de Havana, ele atuou no município rondoniense de Itapuã do Oeste e em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
O Mais Médicos, promessa de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva e expectativa de Morel, voltará em nova versão em 2023. No entanto, a premissa é de que seja sem estrangeiros, pois o foco atual é aproveitar a leva de formados em decorrência do aumento dos cursos de Medicina.
Lançado em 2013 pelo governo Dilma Rousseff, o plano tinha como objetivo suprir a carência de clínicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil. Em ação conjunta com Cuba e a Organização Panamericana de Saúde, o projeto trouxe 15 mil médicos cubanos para o País. Em 2018, a proposta foi descontinuada pelo presidente Jair Bolsonaro, que tinha como bandeira acabar com a contratação sem o Revalida, exame que reconhece os diplomas dos que se formaram no exterior.
IstoÉ
09:47:02