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Líderes mundiais recordam o ‘Dia D’ sob a sombra da guerra na Ucrânia

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Militares dos EUA escoltam veteranos da Segunda Guerra Mundial em cadeiras de rodas durante cerimônia que marca o 80º aniversário do "Dia D"
Militares dos EUA escoltam veteranos da Segunda Guerra Mundial em cadeiras de rodas durante cerimônia que marca o 80º aniversário do “Dia D” (Crédito: SAUL LOEB / AFP)

Os líderes das potências ocidentais celebram nesta quinta-feira o aniversário de 80 anos do Desembarque na Normandia, que abriu o caminho para libertar a Europa da ocupação nazista, mas com o pensamento voltado para a guerra na Ucrânia.

O presidente francês Emmanuel Macron convidou os líderes das potências aliadas na Segunda Guerra Mundial: seu homólogo americano Joe Biden, o rei britânico Charles III e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, cujas tropas desembarcaram em 6 de junho de 1944.

Também foram convidados quase 200 veteranos, os últimos sobreviventes das dezenas de milhares de soldados que arriscaram suas vidas nas praias e falésias da Normandia, sob intenso contra-ataque alemão.

“Não estou particularmente orgulhoso do que fiz, mas se tivesse que fazer de novo, eu faria. Estou feliz por nosso sacrifício para que outros pudessem ter uma boa vida”, disse o britânico John Mines, de 99 anos, à AFP.

Macron também convidou para a cerimônia em Omaha Beach os líderes das então potências inimigas – o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente italiano Sergio Mattarella – e o chefe de Estado ucraniano, Volodimir Zelensky, um gesto extremamente simbólico.

A grande ausente é a Rússia. Apesar do preço elevado que a União Soviética pagou para a vitória final (27 milhões de mortes de civis e militares), o presidente russo Vladimir Putin não foi convidado, ao contrário do que aconteceu há 10 anos, devido à invasão da Ucrânia, iniciada em 2022.

“Esta guerra de agressão é uma traição às mensagens do Dia D”, declarou Macron ao programa de televisão Quotidien para justificar a ausência de convite ao homólogo russo.

As potências ocidentais desejam expressar desta maneira o apoio a Kiev. No momento em que Paris e Kiev negociam o envio de instrutores militares franceses à Ucrânia, Zelensky deve apresentar as necessidades do seu país a Biden e Macron durante sua visita até sexta-feira.

Os três dias de cerimônias na França começaram na quarta-feira em Plumelec, com uma homenagem aos integrantes da resistência. Macron afirmou que está convencido de que os jovens estão “dispostos ao mesmo espírito de sacrifício que os mais velhos”. AFP

 

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