Um domo gigante virou atração em Las Vegas, nos Estados Unidos. É a construção da MSG Sphere, arena de shows e eventos, a ser inaugurada no segundo semestre de 2023. O globo com 102,5 metros de altura e 157 de largura pertence ao grupo Madison Square Garden Entertainment, que o divulga como a “maior estrutura esférica do mundo”. Além da estética monumental, o lugar promete cenário futurista por ter tecnologia de ponta com narrativa multissensorial para oferecer experiências imersivas, como efeitos 4D com alterações de temperatura e aromas. As obras começaram em 2019 com custo estimado de US$ 1,8 bilhão (R$ 9 bilhões).
Quando finalizada, a construção terá capacidade para 20 mil pessoas em pé ou 17.500 sentadas, e 23 suítes. Será também o “espaço com maior tela de LED existente” por ter painéis em seu interior e exterior. O sistema de áudio terá 164 mil alto-falantes para que o som tenha a mesma intensidade da primeira à última fila. “A oportunidade de revolucionar o entretenimento com o MSG Sphere é emocionante”, celebra Lucas Watson, presidente da MSG Sphere. Em novembro de 2023, o GP de Las Vegas de Fórmula 1 acontecerá por lá, pois a pista passará ao seu redor. O grandioso design já chama a atenção na “cidade do pecado”.
Patricia Moreno, arquiteta bicampeã da Campinas Decor, justifica a espera pela inauguração. “Tudo que há de mais tecnológico é aplicado no projeto. É além do visual, há experiências sensoriais e olfativas, trazendo vivências completas”, afirma. “Hoje, com as possibilidades de divertimento em casa proporcionadas pela internet, as experiências devem ser inovadoras para ganhar o interesse do público”, opina. Quanto ao fato de ser “a maior obra esférica do planeta”, profissionais frisam a data de validade. “Por quanto tempo? A cada momento surgem tecnologias que permitem saltos construtivos e fomentam a luta para saber quem é o maior”, aposta Juliana Fernandes, da Acessus Arquitetura. O grupo MSG quer mais, pois tem a intenção de erguer outra esfera em Londres. O arquiteto Ivan Portero, formado pela Universidade São Judas Tadeu, explica a fixação pelo domo. “São formas desafiadoras que geram soluções interessantes e fogem do óbvio”, conclui.
IstoÉ
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