Uma avaliação no Santos em outubro de 2014 transformou a vida de Tailson. Nascido em Santo André, no ABC de São Paulo, o hoje atacante alvinegro teve infância difícil, como muitos outros jogadores de futebol. Ele é o quarto mais velho entre os dez filhos de Gelson e Nilzete, que batalharam para cuidar das crianças. A luta, certamente, valeu a pena: Tailson se tornou profissional, tem recebido chances do técnico Jorge Sampaoli e consegue ajudar seus familiares. Aos 20 anos, o atacante ganha R$ 40 mil por mês e tem multa para clubes do exterior de 100 milhões de euros (cerca de R$ 444 milhões).
“Foi uma infância difícil financeiramente, com muitas dificuldades. Mas meus pais sempre foram batalhadores e nunca deixaram faltar nada. Tenho de agradecer muito a eles. Meu pai me ajudou me levando para treinos e jogos. Às vezes íamos até a pé”, recorda Tailson, em entrevista ao Estado. “Meus pais estão com orgulho muito grande de mim. A batalha que eles tiveram por mim está sendo recompensada”, acrescenta.
Tailson começou a jogar bola aos seis anos. Acompanhava o irmão mais velhos em treinos no projeto social do Campo do Colorado. Passou a pegar gosto e a se destacar entre os garotos mais velhos. Aos dez anos, entrou em uma franquia da escolinha do Santos, Meninos da Vila, na cidade. Aos 14, foi atuar na base da Mauaense. Aos 15, foi aprovado na peneira do Santos. Foi uma ascensão meteórica. E ele quase parou no time B do Barcelona, da Espanha, mesmo antes de estourar no Brasil.
O atacante viu seu contrato com o Santos terminar em abril deste ano. Com as negociações arrastadas com a diretoria alvinegra, ele foi em julho para o Barcelona num acordo arranjado por seu empresário. Ficou uma semana lá, conheceu o clube, mas a transação não vingou. Melhor para o Santos, que fechou com o jogador até o julho de 2024. Tailson também diz que permanecer no clube foi o melhor que aconteceu para ele. Era sua primeira opção.
Folha de S. Paulo
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