Internada desde dezembro do ano passado, quando sofreu um acidente de carro, a ex-advogada Jorgina Maria de Freitas, 71, morreu na terça-feira (19) no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Ela foi responsável pelo que é apontado como a maior fraude ocorrida no Brasil contra a Previdência Social. A informação da morte foi confirmada pela prefeitura do município fluminense.
Ex-advogada e ex-procuradora previdenciária, Jorgina organizou um esquema de desvio de verbas de aposentadoria que, após descoberto, ficou conhecido como o “escândalo da Previdência”.
total da fraude foi inicialmente estimado em R$ 550 milhões (mais de 50% de toda a arrecadação do INSS à época), mas posteriormente foi reavaliado em R$ 1,2 bilhão e, por fim, a Advocacia-Geral da União afirmou que a fraude foi da ordem de aproximadamente R$ 2 bilhões. Jorgina foi condenada a 14 anos de prisão em 1992. Apesar disso, só começou a cumprir a pena cinco anos depois.
Entre 1988 e 1990, ela foi cúmplice de um bando que desviou mais de R$ 1,2 bilhão dos cofres da Previdência, usando até nomes de pessoas mortas. Os criminosos forjaram centenas de processos de indenização milionários. uol
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