O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, cancelou nesta sexta-feira (9) uma viagem planejada à Ásia Central, depois de as autoridades meteorológicas terem alertado para a possibilidade de um “megaterremoto” após o tremor de magnitude 7,1 de quinta-feira.
É a primeira vez que as autoridades japonesas emitem um alerta deste tipo após a implementação de um novo sistema de alerta na sequência do devastador terremoto ocorrido no país em 2011, que desencadeou o acidente nuclear de Fukushima.
Perante esta situação, Kishida anunciou que iria cancelar uma viagem ao Cazaquistão, Uzbequistão e Mongólia e que permaneceria no país “pelo menos uma semana” para “assumir a maior responsabilidade em termos de gestão de crises”.
O “alerta de megaterremoto” foi emitido pela manhã pela Agência Meteorológica do Japão (JMA). “A possibilidade de ocorrer um sismo de alta intensidade é superior ao normal, mas isso não indica que um grande terremoto ocorrerá com certeza”, disse esta entidade.
O terremoto de magnitude 7,1 ocorrido na quinta-feira não causou danos materiais significativos. A agência de gestão de desastres relatou oito pessoas feridas, várias delas devido à queda de objetos. Alguns trens-bala entre Tóquio e Osaka estão andando mais devagar por precaução, disse a operadora ferroviária.
As autoridades também ordenaram que as centrais nucleares de todo o país revisem os seus planos para desastres.
Localizado no cruzamento de várias placas tectônicas, o Japão é um dos países com maior atividade sísmica do mundo, com cerca de 1.500 terremotos por ano, a maioria deles de pequena magnitude.
Mas mesmo os terremotos mais intensos deixam poucos danos neste país, que implementou regulamentos de construção antissísmicos durante décadas e educa os seus 125 milhões de habitantes sobre como reagir a estas situações. AFP